A pedagogia Waldorf, desenvolvida por Rudolf Steiner em 1925, atua nos âmbitos do pensar, do sentir e do querer de forma equilibrada e integrada. Essa pedagogia se propõe a educar os três aspectos – o querer, sentir e o pensar – simultaneamente e sem dar ênfase a nenhum desses âmbitos, através das atividades práticas, sociais e imaginativas. 

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Podemos compreender por pensar todos os processos cognitivos, da percepção, da memória, da abstração, do pensamento, das conexões, das comparações e relações mentais, ou seja, tudo o que envolve o intelecto. No âmbito do sentir, podemos entender uma educação que contempla a imaginação, a fantasia, os sentimentos, os desejos e as expressões artísticas e, todo o mundo invisível interno e externo relacionado às emoções. Já no âmbito do querer, é possível compreender o movimento, a vontade, o impulso que nos move para transformar o mundo. É possível afirmar que a educação contemporânea tem se dedicado muito mais a construção do pensar em detrimento aos âmbitos do sentir e do querer. Essa questão pode ser observada por exemplo, ao se verificar a quantidade de horas diárias destinadas ao intelecto como a resolução de problemas, a escrita e leitura. Os alunos, na maior parte de seus dias, são solicitados a dedicarem-se as atividades cognitivas e geralmente permanecem fechados no ambiente da sala de aula, sentados em suas cadeiras, executando poucos movimentos corporais e quase nunca têm espaço para manifestarem seus sentimentos e pensamentos próprios. As consequências desse modelo de educação são seres humanos pouco comprometidos com as necessidades da sociedade atual, voltados para seus próprios interesses, tecnicistas e com pouca habilidade emocional.

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De forma prática e bastante breve é possível dizer que para pedagogia Waldorf, é de condição primária que os alunos devam realizar durante todas as aulas (independentemente da matéria abordada) movimentos corporais em diversos níveis de dificuldade para que trabalhem a vontade, o âmbito do querer. É também necessário estimular o pensamento, através da construção do pensar e tudo que envolve o intelecto. Já o sentir deve ser explorado pelas sensações provenientes de vivências imaginativas, dos encantamentos, da poesia, das melodias e movimentações harmônicas.